Quem mora nas grandes cidades e capitais não costuma conhecer provedores de banda larga diferentes dos habituais. Desconhecem que, longe dos grandes provedores multinacionais e similares, existe uma gama de cerca de 3.200 empresas que prestam o serviço, operando sob os olhos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Mais do que ofertarem um serviço de conexão à internet via banda larga, os pequenos provedores são responsáveis por democratizar o acesso no país. De acordo com o órgão regulador das telecomunicações brasileiras, atualmente são em torno de 3,2 milhões de famílias atendidas por provedores longe do chamado mainstream
Para o ex-ministro das Comunicações, cargo exercido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Juarez Quadros, a atuação regional destes provedores vai além da boa cobertura e qualidade. “Eles geram competição em nível regional e municipal, além de levar fibra óptica a lugares onde as grandes companhias normalmente não atendem”, opina. Esse “não atender” passa pela falta de lucratividade na ótica das multinacionais.
Outro a ressaltar a importância desses profissionais do setor é o conselheiro da Anatel, Aníbal Diniz: “Em vez de reclamarem, como os grandes provedores, os pequenos assumem a missão que na verdade era do Estado brasileiro”. Ainda de acordo com a Anatel, o último ano representou um aumento de 989 mil novos contratos firmados entre usuários e provedores regionais — crescimento registrado em mais de 5%